Dois “clowns” em tropelias pela viagem que Gil Vicente propõe de Barca até ao Inferno. Um espectáculo enérgico onde o trabalho físico dos actores é determinante para o
mento dos personagens que nascem e morrem constantemente no actor. Uma abordagem que, apesar de cómica, pretende focar igualmente o lado trágico que a morte tem para cada um de nós. Num breve instante revemos o caminho que construímos e percebemos o destino que nos reserva a eternidade. Um jogo de adereços e luz que agindo em consonância com a fisicalidade, formam a base de sustentação do texto original. O texto não sofre alterações, mas todos os jogos cénicos permitem uma leitura alternativa da obra, focando alguns aspectos que nem sempre são abordados no contexto da sala de aula.